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POEMAS






QUERIA


Autor: Vanderlei Teles de Meneses – 14-06-14


Queria que a solidão, que me devasta neste instante, fosse embora para sempre,
mesmo sabendo que levaria de mim, um pedaço de você, que ficou comigo,
guardado no peito.
De tantos amores perdidos, já não me restam mais nada.
Às vezes, no aconchego do meu leito onde tantas vezes você me amou,
fico imaginando as horas que juntos passamos.
Lembranças... Só me restam lembranças de um amor que partiu.
Se um dia vai voltar, não sei, só o tempo dirá.
Queria que a centelha da paixão que envolvia nossos sentimentos perdurasse
por um tempo que jamais tivesse fim.
Mas, queria... Já não tenho mais esperança.
Enveredando por caminhos sinuosos, sinto cada vez mais que, aquele sorriso meigo,
doce, ingênuo que certa noite me envolveu, foi desaparecendo lentamente,
deixando um rastro de dor, uma cicatriz tão profunda que só o tempo poderá apagar.
Queria me libertar de tantas amarguras que a vida me presenteou,
fugir de mim mesmo, partir para outras instâncias onde não existisse a dor,
onde não habitasse o sofrimento.
Mas não se pode fugir do destino, ele está presente em nossos momentos e,
conviver com ele, é ser talhado por um poder sobrenatural.
As vitórias e as derrotas que surgem em nossos caminhos são os obstáculos
que temos de superar.
Nada foge ao destino traçado, pré-determinado pela intuição divina.
Queria que o meu mundo fosse diferente.
Queria que o meu amor fosse o seu amor, que os meus abraços fossem os seus abraços
e que nada poderia impedir um amor tão grande assim, de ser eternamente feliz.
Queria que fosse fascinante...
Queria que fosse emocionante...
Queria que fosse apaixonante...
Queria que fosse eterno, todos os nossos amanheceres...







                                     Oi...
 
                                          Poema de Vanderlei Teles de Meneses

  01-10-15



Oi...
Não sei por que, mas senti uma saudade danada de você.
Pensei em lhe enviar um e-mail, lhe telefonar; alguma coisa que  afastasse essa angústia que me sufoca.
Sabe; eu queria lhe falar muitas coisas, principalmente da falta que você me faz.
Queria ouvir sua voz, sentir sua respiração, seu calor...
Ah!... Como eu queria...
Os dias passam, as noites repassam e eu não me conformo com essa distância que nos separa.
Queria segurar a sua mão e, lado a lado, de mãos dadas, sair por aí como antigamente fazíamos.
Queria me redimir dos erros cometidos, mostrar-lhe o meu lado frágil para que você possa refletir que, tudo o que aconteceu entre nós, foi instintivo, impulso de momento impensado.
Deveria pegar o celular, discar o seu número e dizer-lhe que sempre existe
um recomeço; depende de nós.
Deveria ligar e dizer-lhe, "Oi..."
Deveria, mas não sei se devo !





Sem Retorno
Poema de Vanderlei Teles de Meneses - 09-06-14
 Em busca da felicidade, encontrei tantas
pelo caminho, só não encontrei você.
Queria desculpar-me por coisas que não fiz e,
perdoar-lhe por outras tantas que você não fez. 
Tantas incógnitas, tantas interrogações, tantas horas
mal vividas, bem vividas, cicatrizes que permanecerão
doídas, contidas, sentidas na mesma direção.
O amor se foi, a saudade, não. Ela é um bálsamo
constante que mantem acesa a chama da esperança.
Lembro-me e sei que você também se lembra dos
 momentos mágicos que juntos passamos, quando
 deitados sobre o tapete da sala, degustávamos
pipocas frente à TV, assistindo filme que, no final da
película, nem sequer sabíamos o enredo.
Naquele momento sublime, tão instigante, o calor de
 nossos corpos se misturava entre abraços e carinhos;
esquecíamos de nós.
Era um manancial de ternura onde nossos olhares
penetravam fundo nas retinas um do outro a procura de
 um prazer maior, mais intenso, nos levando à loucura.
Dominados pelo desejo, pela atração mútua, vivíamos
momentos inesquecíveis.
Mas, como nada é eterno, se bem que gostaríamos de
eternizá-lo, foi aos pouco, quando menos esperávamos,
desaparecendo lentamente, quebrando, partindo em
pedaços aquele encanto movido a desejos.
Foi amor ? Foi paixão ? Foi atração ? Não sei.
Acredito que foi a soma de todos os fatores.
E na despedida, apenas duas palavras: SEM RETORNO.







         MERAS RECORDAÇÕES

             Autor: Vanderlei Teles de Meneses
                                  13/06/2016

Hoje, remexendo meus guardados; fazia tempo que não os visitava. Entre tantas coisas, na gaveta de meus particulares, encontrei, no cantinho ao lado, um pedacinho de saudade de você. Não me comovi diante daquela afeição, que certo dia, foi tão grande; hoje, apenas, meras recordações.
Continuei apalpando meus pertences e, um envelope, no canto da caixa, me denotou curiosidade. Ao abri-lo, um tiquinho de nada daquele abraço envolto em ternura, que você me deu, ainda teimava em perpetuar; mas, nada mais restava daquele sentimento que, um dia, acreditei ser eterno.
Ainda farfalhando aquele túnel, deparei-me com uma caixinha, envolta em papel de seda. Nela, continha um restinho daquele beijo que ganhei, quando nos encontramos pela primeira vez, em que seu corpo estava coberto por um vestido negro e seus olhos irradiavam felicidade.
Parei por um instante para meditar; não mais existia aquele calor alucinante que, certo dia, me envolveu.
Então, olhei para a saudade, o abraço e o beijo e sussurrei baixinho: vão embora, não sinto mais falta de vocês.

RESTOS DE NÓS
Autor: Vanderlei Teles de Meneses
04-12-15
Percorrendo os olhos pela estante, onde guardo meus contos, poemas e poesias, deparei-me com um livro que me chamou atenção. Fazia tempo que não o visitava. Folheando suas páginas, encontrei em seu interior, " RESTOS DE NÓS".
Fiquei feliz ao ver o título estampado na capa, onde dizia: "Um Amor Para Recordar" do autor Nicholas Sparks. Lembrei-me do dia em que você me presenteou-o; era um final de ano. Não havia dedicatória, não havia nada escrito; mas que importância teria ? O presente era um lindo presente. Comecei a relê-lo, fazia tempo que já o tinha deliciado com sua história. Emoções fluíram em meu rosto quando me deparei, logo nas primeiras páginas, com um cartãozinho inserido entre as folhas, onde registrava em letras impressas: "Feliz Brasil para você". Apenas sorri nesse momento e, olhando no verso, uma emoção maior sacudiu os meus sentimentos; você havia escrito com todo carinho:
"Amor,
neste natal, ganhei o melhor presente:
Você !
Beijos ! Eu.
Esse "Eu", era você que me seduzia com suas palavras. Por um momento fiquei imaginando o seu olhar, quando nossos lábios se uniam, o perfume recendia de seus braços. Bateu uma saudade forte no meu peito, mas contive as lágrimas que teimavam rolar pela minha face.
Girei a folha do romance, continuei a leitura. Após decorrer algumas páginas, outra surpresa surgiu no interior da história: um marcador de livro, onde se lia: "Jesus te ama... e eu também".
Voltei a sorrir, relembrando o carinho que tínhamos um pelo outro. Era gostoso reviver aquele momento. Ao olhar no verso, um friozinho percorreu o meu corpo, agora com mais intensidade; estava escrito com suas palavras:
"Amore mio,
sinto-me privilegiada de tê-lo ao meu lado nestes dois meses.
Você é especial.
Amo você.
Sua Lindinha. 19-02-12
Fiquei extasiado, não sei quantas vezes reli sua frase; ela penetrava fundo em minha alma e eu me sintia dominado pelo carinho que você me dedicava. Fiquei pensativo por alguns segundos.
Fechei o livro, voltei a colocá-lo na estante. No movimento que fiz para guardá-lo, uma folha se deslocou do móvel, caindo no chão. Curvei-me para apanhá-la. O título me chamou atenção:
"REVIVER" - autora: Lindinha.
Comecei a lê-lo e uma dor infinda alfinetou minh'alma. Uma gota de lágrima rolou em minha face ao ler uma das passagens que dizia:
"Como era gostoso me aprontar como adolescente, vestido solto, cabelos ao vento, colônia suave e lábios coloridos à espera de seus beijos. Era doce ouvir o soar da campainha anunciando sua chegada. E você vinha com um sorriso franco e saudade nos olhos. E viajávamos em um cometa em direção ao paraiso. E desfrutávamos desse amor, desse presente que a vida nos trouxe na maturidade. Pensava que seria para sempre. Nada é para sempre. Tudo passa e você passou. Partiu como chegou: lentamente, suavemente. Mas vou lhe contar um segredo: você não passou. Continua aqui no som da música preferida, no soar da campainha, no silêncio da espera, em cada pedacinho desta casa, em cada milímetro do meu corpo. A saudade de você não dói. Ela é gostosa e tem sabor de nostalgia. Toca de fininho meu coração e desce pela espinha com um friozinho eletrizante. Consigo sorrir ao me lembrar de seu sorriso e choro ao me lembrar de sua partida. É bom saber que, em algum lugar, você também pensa em mim. Um amor assim não morre nunca".
Com os olhos inundados de lágrimas, eu chorei e chorei muito; não conseguia segurar as lágrimas que medravam das nascentes dos meus olhos. E eu chorei sozinho no silêncio do meu quarto. E eu chorei pela sua ausência. E eu chorei por não ter você ao meu lado. Quanto egoísmo, quanto machismo, quanta imaturidade... Foram tantas brincadeiras, tantos abraços, tantas palavras de carinho e, olhe agora, nem conversamos mais. Um coração magoado às vezes ainda perdoa, mas não sei se o seu será capaz.
Ainda penso em você.







MEU INFORTÚNIO

Autor: Vanderlei Teles de Meneses

Quando você entrou na minha vida, a solidão me devorava, minhas entranhas absorvidas pelo abandono, eu me sentia perdido, acreditando que minhas lacunas jamais poderiam serem preenchidas.
Mas você surgiu como um raio de luz, desfazendo as loucuras que me dominavam, deixando-me confuso.
Sentia-me, até então, um sujeito oculto, sem predicado que mais parecia um verbo transitivo, necessitando de um complemento, a parte essencial dos meus atributos, pois sem eles, não tinha sentido viver.
Você chegou de mansinho, sorriso faceiro, ostentando elegância e, naquele momento me senti dividido, parecia que eu tinha um muro de Berlim dentro de mim.
As emoções se apoderaram do meu ser, as ondas magnéticas do  meu cérebro se afloraram e, no sufoco daquele momento, tive que me recompor, massageando o meu ego, sentindo-me peculiar.
Eu que andei pelas paragens da vida procurando um sorriso em cada esquina, às vezes me sentia incompleto; me iludi; eu era especial e não sabia, até encontrá-la.
Mas o destino, destemido e até um pouco malandro, me trouxe você.
Descobri que o amor não tem idade, não tem momento e nem barreiras que o impeça de fluir.
Assim aconteceu o nosso encontro.
O tempo passou e nossas imperfeições sacudiram o nosso relacionamento.
Orgulhos que não se dobram,
passado que não se esquece,
lama que se esconde sob o tapete.
Foram momentos precipitados, não aprendemos com os nossos erros. O mal foi tentarmos outra vez.
Que sirva de lição para muitos que estão no infortúnio,
como eu.




SUA AUSÊNCIA
Autor: Vanderlei Teles de Meneses


Eu conheci o amor, quando encontrei você, quando meus sonhos declinavam, quando meu coração, dilacerado pela dor, não sabia que rumo seguir e eu jamais teria ido tão longe.
Você foi o tudo de bom e o tudo de ruim que aconteceu na minha vida.
Bom, porque eu te amei, ruim, porque eu te perdi.
Você foi o bem que me tirou da solidão e o mal que me fez amá-la.
Você foi a tarde mais linda que brilhou na minha existência e a noite mais tenebrosa do meu viver.
Você foi, dos amores que eu tive, a pérola mais rara que eu jamais havia imaginado.
Você foi o princípio e o fim de um tudo e de um nada; ficaram, apenas, as recordações que guardo nas páginas do meu diário.
E apesar de todos os encontros e desencontros, sua ausência deixou um enorme vazio em minha alma e eu fui feliz mesmo assim.
Preciso esquecer que um dia amei você. Seria tão bom se me deixasse tentar.
Você maquiou a questão de um amor conturbado pela falta de confiança, ou talvez, pela incerteza.
E depois de tantos contratempos e até um pouco de atrevimento de minha parte, eu ainda tenho a ousadia para dizer.
Não quero que você apareça com alguém que não seja eu.
Não quero que você receba um abraço de alguém que não seja eu.
Não quero que você diga: "Eu Te Amo" para alguém que não seja eu.
Hoje eu estou triste.
Hoje minha alma está condoída.
Hoje eu sinto falta de alguém que não posso mais abraçar.





PERGUNTARAM-ME
Autor: Vanderlei Teles de Meneses

Perguntaram-me se eu amo alguém.
Respondi que me apaixonei por cada detalhe de uma determinada mulher.
Perguntaram-me o que eu vi nela.
O que não encontrei em outra mulher, pois não posso cometer os mesmo erros, preciso descobrir novos erros.
Perguntaram-me como era o seu sorriso.
O sorriso que fluía do seu rosto era a curva mais linda do seu corpo; me envolvia, me contagiava, me apaixonava.
Perguntaram-me se ainda estamos juntos.
Nos meus sonhos, ainda estamos, no dela, não sei.
Perguntaram-me o que ainda sinto por ela.
Ela é a mulher que eu estava apaixonado ontem e a mesma pessoa que eu vou estar apaixonado amanhã.
Perguntaram-me sobre a falta que ela me faz.
É um capítulo da minha história, tenho excesso de saudades dominando o meu peito.
Perguntaram-me por que nos separamos.
Ela é um encanto de poesia; toquei apenas os seus lábios, mas não soube ler seus sentimentos, por isso a perdi.
Perguntaram-me o que provocou a nossa separação.
Porque cometi muitos erros, é a culpa que não posso negar.
Perguntaram-me se ainda a amo.
Eu não soube responder, ou melhor, preferi me calar.
Perguntaram-me se eu tenho certeza de que um dia ela vai voltar.
A certeza que eu tenho é que escrevi este poema para uma única mulher.